O Ministério Público Federal do Paraná (MPF) pretende entrar nesta quarta-feira (12) com uma ação civil pública contra a Universidade Federal do Paraná, o Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN) e a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr) para que as aulas dos dois últimos períodos de todos os cursos retornem imediatamente.
Com 119 dias de paralisação, a Apufpr agendou para esta quinta-feira (13) uma assembleia que discutirá sobre a suspensão da greve. De acordo com o presidente do sindicato, Luis Allan Künzle, a decisão do MPF também entrará em discussão e poderá provocar o encerramento da paralisação. Nesse caso, o sindicato disse que continuará tentando reabrir as negociações com o governo. “Mesmo se for decidido o fim da greve, não vamos deixar de pressionar o governo para as reivindicações da categoria”, afirmou Künzle.
No entendimento do MPF, a paralisação total dos serviços educacionais da universidade é abusiva e a situação dos alunos dos últimos períodos é ainda mais grave, visto que os estudantes podem sofrer com prejuízos irreparáveis. O MPF ainda informou que, se a greve for mantida por mais alguns dias, não haverá tempo suficiente para que haja readequação nos calendários letivos.
Assembleias anteriores
No dia 5 de setembro, os professores da UFPR decidiram em assembleia manter a paralisação em uma votação acirrada e tensa: foram 238 votos dos presentes a favor e 225 contra o retorno das aulas. Após a votação, os professores descontentes esvaziaram a assembleia e não quiseram discutir os outros pontos da pauta.
No fim do mês de agosto, o reitor da UFPR Zaki Akel Sobrinho afirmou que se as aulas voltassem em setembro o calendário letivo poderia se estender até o final de março de 2013. Com a permanência da paralisação, ainda não há previsão de novo calendário.
Alunos mobilizados
Em todo país estudantes foram às ruas no dia 6 de setembro em um evento chamado “Mobilização geral dos estudantes brasileiros” para reivindicar mais atenção do poder público para a educação. Em Curitiba, a manifestação foi pequena. Aproximadamente 40 jovens foram para o centro da cidade com cartazes que pediam 10% do PIB para educação.
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